terça-feira, 30 de outubro de 2012

A parábola do primeiro mergulho do pato...



Sim, senhoras e senhores: parece uma bobagem, mas esses patos jamais enfrentaram uma lagoa em toda sua curta vida. É interessante notar as reações apavoradas dos bichinhos diante do desafio para qual seus corpos foram projetados para enfrentar.









Em minhas sandices íntimas, imaginei a comunidade de patos, toda evangélica, sendo conduzida para - o que para eles era -  a extinção: cruéis humanos, que sempre cuidaram deles naquela pequena fazendinha, inexplicavelmente os conduziam para o afogamento.

Talvez, um pato mais crente tenha pensado que era o "inimigo" se levantando contra eles, e sua intercessão fez com que uma nova história se fizesse, que sua oração mudasse a vontade do "deus-pato", livrando-os de um fim eminente nas profundezas de um lago negro.

Mal sabia o pobre pato que eram conduzidos para fazer o que melhor fazem: nadar.

Os humanos se esforçam, os jogam, mas eles fogem, apavorados com aquela matéria tão "molhada".

É quando um deles percebe; nadar é algo muito bom, enfrenta o desafio e descobre que foi feito para aquilo. Mostra aos outros que o propósito daqueles humanos não é destruir a comunidade de patos, mas dar sentido a um corpo impermeável.

Vejo amigos (não poucos: gente sincera em sua fé, de oração) que parece não compreender as tribulações que Deus - aparentemente indiferente a sua dor -  permite em sua vida tem relação com a descoberta de nossos potenciais.

Muitos deles não tem a mínima noção de seu dom, patos com medo d'água. Eles olham e sua mediocridade - favor não confundir com humildade  - os impedem de sair da zona de conforto.

Parodiando ainda o vídeo apresentado, imagine se no lugar dos humanos que conduzem, houvesse um desses patos malucos com ideias pré-formatadas sobre o comportamento de Deus. Morreriam, talvez ofertando regulamente parte de sua ração, fariam orações ao deus-pato, cantariam afinados - e fanhos, claro - mas jamais enfrentariam o lago, que seria considerado lugar de perdição e morte.

Passariam sua existência como muitos crentes: com um vazio gigantesco, sem entender que isso - essa imensa vaga na alma -  era  exatamente a necessidade de viver aquilo para que foram criados.

E você? Qual lago você está evitando enfrentar, querido patinho?


Deus te abençõe!


Zé Luiz

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