quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

O Cúmulo do absurdo:Filme coloca Jesus como matador de zumbis e pede sua colaboração


Depois de até Abraham Lincoln ser ''convocado'' para combater hordas de mortos-vivos, espanhóis cruzam a fronteira da religião



Cartaz faz referência ao filme clássico do Monty Python. Foto: Eskoria Films/ Divulgação.

Vem da Espanha o novo filme sobre zumbis, desta vez com um herói inusitado: Jesus. Os diretores David Muñoz e Adrían Cardona disponibilizaram no YouTube e no Facebook um curta que, dependendo do resultado da audiência - e da polêmica religiosa embutida - pode se transformar num longa que seguirá os passos da irreverência iconoclasta da turma do Monty Python, que em 1979 lançou A vida de Brian, hoje considerado um clássico. O cartaz do filminho espanhol até brinca com a influência do humor britânico, copiando o design criado por Terry Gilliam. A produtora deles atende pelo sugestivo nome de Eskoria Films.

O curta espanhol de 14 minutos é declaradamente trash e aí está toda a graça. The fist of Jesusparte da premissa de que o primeiro zumbi da história teria sido Lázaro, resultado de uma tentativa de ressurreição que deu errado. Ao lado de Judas, seu fiel escudeiro, Jesus testemunha Lázaro atacar familiares e até soldados romanos. Todos se transformam em mortos-vivos. Jesus e Judas tentam escapar, mas se veem cercados. Até caubóis zumbis aparecem para o ataque final.


Peixe é arma secreta de Jesus para destruir os zumbis. Foto:YouTube/ Reprodução da internet.



Mas Jesus tem sua arma secreta. Munido de um peixe (um, não, dois, três…) ele vai destruindo os zumbis de várias formas. A maquiagem e os efeitos grotescos justificam o que os diretores chamam de “violência de proporções bíblicas”. Ao portal espanhol noudiari.es, um dos diretores, Adrían Cardona, disse que o filme surgiu a partir do roteiro criado pelo parceiro David Muñoz. “No início, achávamos que ele seria irrealizável, já que tínhamos que pensar em personagens de época”.

O investimento total de 1,7 mil euros resultou na construção de 15 torsos humanos, alguns metros de vísceras e muitos litros de sangue falso. “Nós também reciclamos material de outros filmes anteriores, como pernas e braços”, revelou Cardona, também responsável pelos “efeitos especiais”.

A meta dos espanhóis - além do risco de serem excomungados - é obter mais euros para fazer o longa-metragem que já tem até título: Once upon a time in Jerusalem, uma “homenagem” a Sergio Leone.

Os diretores enviaram cópias do filme a 220 festivais de cinema e iniciaram pela internet uma campanha de crowdfunding, para que a obra possa ser financiada através de doações. Lançado no YouTube no dia 11 deste mês, o curta já apresentava mais de 115 mil visualizações até o fim de semana. Mais do que ninguém, os iconoclastas da Eskoria Films esperam pelo fenômeno da multiplicação de fãs.







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