quinta-feira, 12 de maio de 2011

OBESIDADE MENTAL...



Esse era o assunto de um email que eu recebi na última semana. O termo Obesidade Mental foi colocado – de forma inteligentíssima pelo Antropólogo Andrew Oitke em seu livro Mental Obesity.

Compreende-se que o excesso de gordura física causa prejuízos ao organismo humano. Os abusos no campo das informações também causam dano, mas ao cérebro. Nas palavras do antropólogo: “A nossa sociedade está mais atafulhada de preconceitos que de proteínas, mais intoxicadas de lugares-comuns que de hidratos de carbono. As pessoas viciaram-se em estereótipos, juízos apressados, pensamentos tacanhos, condenações precipitadas. Todos têm opinião sobre tudo, mas não conhecem nada. Os cozinheiros desta magna “fast food” intelectual são os jornalistas e comentadores, os editores da informação e filósofos, os romancistas e realizadores de cinema. Os telejornais e telenovelas são os hambúrgueres do espírito, as revistas e romances são os donuts da imaginação.”.

“O jornalista alimenta-se hoje quase exclusivamente de cadáveres de reputações, de detritos de escândalos, de restos mortais das realizações humanas.” Diz ele.

Para Andrew, a imprensa deixou há muito de informar, para apenas seduzir e manipular. “O conhecimento das pessoas aumentou, mas é feito de banalidades. Todos sabem que Kennedy foi assassinado, mas não sabem quem foi Kennedy. Todos dizem que a Capela Sistina tem teto, mas ninguém suspeita para que é que ela serve. Todos acham que Saddam era mau e Mandella é bom, mas nem desconfiam porquê. Todos conhecem que Pitágoras tem um teorema, mas ignoram o que é um cateto. Não admira que, no meio da prosperidade e abundância, as grandes realizações do espírito humano estejam em decadência.

É só uma questão de obesidade. O mundo não precisa de reformas, desenvolvimento e progresso, é só uma questão de dieta mental.

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