sábado, 31 de outubro de 2009

Batismo por aspersão...

Chavões dificeis de suportar... parte 2




1. Hoje eu deixo de ser crente se Deus não operar um milagre (Por favor, deixe mesmo!).

2. Meus irmãos, estas igrejas que usam rosas ungidas, sal grosso para descarrego, etc., não são de Deus!....Ao final do culto tragam seus documetos, carteira de trabalho, chave de casa e do carro para ungirmos, pois aqui a coisa é diferente, Deus opera!

3. Não diga isso. As palavras têm poder!!

4. Incendeia tua noiva, Senhor.

5. Seja um adorador extravagante!

6. Fui chamado para ser um levita na casa do Senhor. Posso cantar na sua igreja e vender meus CDs?

7. Não podemos fazer da igreja um clube.

8. Sendo dizimista, você pode colocar Deus contra a parede.

9. Meus irmãos, é hora de mudar o Brasil.

10. Quem tem um caroço em qualquer lugar do corpo, levante a mão que Jesus vai curar agora.

11. A Rede Globo conspira contra a igreja.

12. Quanto mais glória você manda pra cima, mais glória Deus manda pra baixo.

13. Não dá o dízimo na casa de Deus, mas acaba "dando" na farmácia (Hum, não sei não!)

14. Você que não dá o dízimo não tem moral pra exigir nada de Deus.

15. Vamos pisar na cabeça do diabo; o Diabo só conhece o número do meu sapato.

16. Quando o crente ora, deve esperar retaliação do Diabo.

17. Sabe qual o nosso problema? O mundo está entrando na igreja.

18.Eu soube que o Anticristo já nasceu e está se preparando para aparecer.

19. Eu soube de um pastor que encontrou uns feiticeiros que estavam jejuando para fazer os pastores caírem.

20. O Rei Leão da Disney é gay!

21. Minha irmã, você precisa da nossa cobertura! (essa é quase pornográfica).

22. Não esqueça de enviar os boletos bancários que eu prometo subir o monte nesta madrugada e interceder por sua vida.

23. Não fique triste com a morte do seu filho (ou com seu divórcio, ou com sei lá o quê). Tudo tem um propósito e Deus sabe o que faz.

24. Irmãos, hoje o Senhor falou comigo pela manhã para trazer esta palavra.

Creditos: Ricardo Gondin

Hoje 31/10 é o Dia da Reforma Protestante


Hoje, 31 de outubro, é o Dia da Reforma Protestante. Apesar de o mundo tentar apagar esta data trocando pelo dia das bruxas, muitos evangélicos ainda se lembram e celebram este dia que foi um marco na história mundial. Conheça mais sobre a história de Martim Lutero (foto) e o dia em que ele desafiou a Igreja Católica com as suas 95 teses.

A Reforma protestante foi um movimento iniciado pelo monge agostiniano Martim Lutero, professor de Bíblia da Universidade de Wittenberg, propondo uma reforma na sua Igreja Católica, por causa dos desvios doutrinais das Escrituras Sagradas – da qual a interpretação deveria ser livre – que ele entendia ter autoridade sobre a Igreja e nunca o contrário. A situação foi enfrentada com descaso e a confiança de que a instituição de vários séculos não teria sua influência posta em dúvida e nem sofreria abalo.

Época de mudança nem sempre é percebida por todos. Há 500 anos ou hoje. Ou se percebe e se decide enfrentá-la pela força, como reafirmação do poder baseado no paradigma superado. A tendência é a mente constranger a pluralidade à unidade, para coagir a realidade a adaptar-se à sua racionalidade, explicou o teólogo Raimon Panikkar. Centros de poder relutam em admitir que germes de mudanças surjam na periferia do mundo, de filhos de camponeses e trabalhadores urbanos, e nem que suas propostas teológicas tenham consistência e, ainda menos, que conquistem corações e mentes mundo afora.

Hans Luther fez esforços financeiros para enviar seu filho para escolas em Mansfeld, Magdeburg e Eisenach. Aos dezessete anos, Martim Lutero ingressou na Universidade de Erfurt, tornou-se bacharel em 1502 e concluiu o mestrado em 1505, como o segundo aluno da turma. Atendendo o desejo do pai, inscreveu-se na escola de Direito da mesma Universidade. Mas, após uma grande tempestade com trovões e um raio que caiu próximo do caminho por onde passava, gritou “Ajuda-me, Sant’Ana! E eu me tornarei um monge!” Deixou a faculdade, vendeu seus livros e entrou para a ordem dos Agostinianos.

Lutero dedicou-se ao mosteiro e à ordem, empenhou-se em fazer boas obras para agradar a Deus e servir ao próximo, orando por suas almas. Dedicou-se intensamente à meditação, às autoflagelações, às orações diárias, às peregrinações e às confissões. Mas, quanto mais se esforçava, mais se sentia tomado pela culpa. Seu superior, Johann von Staupitz, decidiu que o jovem precisava de mais trabalho e de contato com a Sagrada Escritura, ordenando que ele iniciasse a carreira acadêmica. Em 1507, Lutero foi ordenado sacerdote, no ano seguinte começou a lecionar Teologia na Universidade de Wittenberg e visitou Roma dois anos depois, a serviço da ordem.

Em outubro de 1512, Lutero recebeu o título de Doutor em Teologia e foi recebido no Senado da Faculdade Teológica com o título de Doutor em Bíblia. Em 1515 foi nomeado vigário de sua ordem, com autoridade sobre onze monastérios. Nesse período, recebeu formação humanista e estudou grego e hebraico, se aprofundou na origem e no significado das palavras das Escrituras, buscadas ad fontes e que veio a utilizar na sua tradução da Bíblia.

Convencido de haver uma distorção no ensino da doutrina da Justificação pela fé, passou a ensinar que a Salvação era concedida por Deus, apenas por sua graça (sola Gratia), a partir da fé (sola Fides) em Jesus Cristo (solus Christus), conforme anunciado pelas Escrituras Sagradas (sola Scriptura). Além das atividades como professor, Lutero atuava como confessor na igreja de Santa Maria e como pregador na igreja do Castelo (Schlosskirche), chamada de Todos os Santos por causa da coleção de relíquias, mantidas pelo Príncipe Frederico, o sábio. Arguto, o jovem teólogo e sacerdote percebeu como os fiéis eram transformados em fregueses, pela venda de indulgências, e por isso escreveu suas 95 teses.

No debate com Johann Eck, em Leipzig (1519), Lutero negou que o Papa tivesse o poder das chaves, a autoridade exclusiva de perdoar pecados, um poder outorgado à Igreja como comunidade da fé. Negou que a salvação fosse exclusiva da Igreja ocidental sob a autoridade do Papa, mas que também existia na Igreja Ortodoxa, oriental. Os debates (disputatio) teológicos propiciavam a difusão das idéias. Da mesma forma os tipos móveis inventados por Gutenberg, para impressão de textos, possibilitaram a ampla circulação dos escritos de Lutero, que alcançaram Holanda, França, Inglaterra e Itália.

Essa publicidade chamou a atenção dos estudantes de teologia, que dirigiam-se a Wittenberg para escutar as preleções de Lutero, que provocavam debates. As controvérsias geradas pelos escritos e debates levaram Lutero a desenvolver sua doutrina do sacramento e da Eucaristia, especialmente através dos seus sermões, também publicados.

Os seus textos mais conhecidos por seu impacto surgiram em 1520: Sobre o Papado em Roma, desenvolvendo o conceito luterano de igreja; o Sermão das Boas Obras, é contrário à doutrina católica das boas obras e dos atos como meio de perdão, mantendo que as obras do crente resultam da salvação e não são meios para conquistá-la, disputa que possibilitou o contato com humanistas como Melanchthon, Reuchlin e Erasmo de Roterdã; À Nobreza Cristã da Nação Alemã” (1520), neutralizando a noção de estamento espiritual (Geystlich Stand), recomendando os cristãos leigos como dignos do mesmo respeito destinado aos sacerdotes e criticando privilégios mundanos do sistema; o Cativeiro Babilônico da Igreja, afirmando a presença real do corpo e do sangue do Cristo na eucaristia, a justificação no batismo – combinado com a fé salvadora no receber – e a penitência como palavra de promessa de desculpas recebidas com fé; e Da Liberdade cristã, afirmando que pela fé o cristão é senhor soberano e em nada sujeito a ninguém, e pelo amor, é servo de todos.

Diante da ameaça de excomunhão, Lutero enviou seu escrito Da Liberdade cristã, com a frase Eu não me submeto a leis ao interpretar a palavra de Deus. Queimou a bula em público e o Papa Leão X o excomungou em 1521, com a bula Decet Romanum Pontificem. A execução da proibição foi evitada pela relação do Papa com o príncipe Frederico, da Saxônia, e pelo novo imperador, Carlos V, do Sacro Império Romano Germânico. A paz foi selada 482 depois com uma Declaração Conjunta em 1999.

95 teses

As 95 teses fixadas na porta da Igreja do Castelo (Schlosskirche) são um libelo contra o sistema de perdão parcial ou total do castigo temporal pelos pecados. A indulgência era um documento que assegurava a remissão do castigo imposto a uma pessoa por causa dos seus pecados. Qualquer pessoa poderia adquirir esse documento que assegura a indulgência, para si mesmo e até para um parente já morto que estivesse no Purgatório.

A noção presente nas indulgências é que a Igreja era a responsável pela guarda do tesouro das boas obras praticadas pelos cristãos, a ela ligados. No raciocínio jurídico teológico, ela tinha a autoridade para administrar essa riqueza espiritual, através da qual os pecadores poderiam ser resgatados. A troca se estabelecia através do pagamento de um valor estabelecido, pelo qual o fiel recebia um documento assegurando a salvação dele ou de seu parente. Essa noção se torna mais que chocante, até mesmo ofensiva para Lutero, em razão de toda a teologia que aprendeu e viveu em sua formação agostiniana. Era um abuso que precisava ser corrigido. Por isso a redação de suas teses, debatidas com seus alunos, e divulgadas na porta da Igreja do Castelo, em razão das missas dos dias 1º e 2 de novembro, freqüentadas pelo alto clero e a nobreza.

O frade dominicano Johann Tetzel fora recrutado para viajar através dos territórios episcopais do arcebispo Alberto de Mogúncia, promovendo e vendendo indulgências, com o objetivo de financiar as reformas da Basílica de São Pedro, em Roma. Lutero viu esta estratégia das indulgências como um tráfico e um abuso que poderia confundir as pessoas e levá-las a confiar apenas nas indulgências, deixando de lado a confissão e o arrependimento verdadeiros. Proferiu, então, três sermões contra as indulgências em 1516 e 1517, assumindo a ênfase expressa na tese número 62: o verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo evangelho da glória e da graça de nosso Senhor Jesus Cristo.

O texto fixado na porta da Igreja do Castelo era um convite aberto ao debate dessas teses que condenavam a avareza e o paganismo na Igreja como um abuso, e pediam um debate teológico sobre o que as Indulgências significavam. O documento não inflama as populações contra as autoridades, mas indaga a postura da Igreja que se dispõe a usar este recurso. Elas foram traduzidas para o alemão e, amplamente copiadas e impressas, tinham sido espalhadas em 15 dias por toda a Alemanha e, em dois meses, por toda a Europa. Este foi o primeiro episódio da História em que a imprensa teve papel fundamental, com a simples distribuição de um documento.

Leia abaixo as 95 teses:

1 Ao dizer: “Fazei penitência”, etc. [Mt 4.17], o nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo quis que toda a vida dos fiéis fosse penitência.
2 Esta penitência não pode ser entendida como penitência sacramental (isto é, da confissão e satisfação celebrada pelo ministério dos sacerdotes).
3 No entanto, ela não se refere apenas a uma penitência interior; sim, a penitência interior seria nula, se, externamente, não produzisse toda sorte de mortificação da carne.
4 Por conseqüência, a pena perdura enquanto persiste o ódio de si mesmo (isto é a verdadeira penitência interior), ou seja, até a entrada do reino dos céus.
5 O papa não quer nem pode dispensar de quaisquer penas senão daquelas que impôs por decisão própria ou dos cânones.
6 O papa não pode remitir culpa alguma senão declarando e confirmando que ela foi perdoada por Deus, ou, sem dúvida, remitindo-a nos casos reservados para si; se estes forem desprezados, a culpa permanecerá por inteiro.
7 Deus não perdoa a culpa de qualquer pessoa sem, ao mesmo tempo, sujeitá-la, em tudo humilhada, ao sacerdote, seu vigário.
8 Os cânones penitenciais são impostos apenas aos vivos; segundo os mesmos cânones, nada deve ser imposto aos moribundos.
9 Por isso, o Espírito Santo nos beneficia através do papa quando este, em seus decretos, sempre exclui a circunstância da morte e da necessidade.
10 Agem mal e sem conhecimento de causa aqueles sacerdotes que reservam aos moribundos penitências canônicas para o purgatório.
11 Essa erva daninha de transformar a pena canônica em pena do purgatório parece ter sido semeada enquanto os bispos certamente dormiam.
12 Antigamente se impunham as penas canônicas não depois, mas antes da absolvição, como verificação da verdadeira contrição.
13 Através da morte, os moribundos pagam tudo e já estão mortos para as leis canônicas, tendo, por direito, isenção das mesmas.
14 Saúde ou amor imperfeito no moribundo necessariamente traz consigo grande temor, e tanto mais, quanto menor for o amor.
15 Este temor e horror por si sós já bastam (para não falar de outras coisas) para produzir a pena do purgatório, uma vez que estão próximos do horror do desespero.
16 Inferno, purgatório e céu parecem diferir da mesma forma que o desespero, o semidesespero e a segurança.
17 Parece desnecessário, para as almas no purgatório, que o horror diminua na medida em que cresce o amor.
18 Parece não ter sido provado, nem por meio de argumentos racionais nem da Escritura, que elas se encontram fora do estado de mérito ou de crescimento no amor.
19 Também parece não ter sido provado que as almas no purgatório estejam certas de sua bem-aventurança, ao menos não todas, mesmo que nós, de nossa parte, tenhamos plena certeza.
20 Portanto, sob remissão plena de todas as penas, o papa não entende simplesmente todas, mas somente aquelas que ele mesmo impôs.
21 Erram, portanto, os pregadores de indulgências que afirmam que a pessoa é absolvida de toda pena e salva pelas indulgências do papa.
22 Com efeito, ele não dispensa as almas no purgatório de uma única pena que, segundo os cânones, elas deveriam ter pago nesta vida.
23 Se é que se pode dar algum perdão de todas as penas a alguém, ele, certamente, só é dado aos mais perfeitos, isto é, pouquíssimos.
24 Por isso, a maior parte do povo está sendo necessariamente ludibriada por essa magnífica e indistinta promessa de absolvição da pena.
25 O mesmo poder que o papa tem sobre o purgatório de modo geral, qualquer bispo e cura tem em sua diocese e paróquia em particular.
26 O papa faz muito bem ao dar remissão às almas não pelo poder das chaves (que ele não tem), mas por meio de intercessão.
27 Pregam doutrina humana os que dizem que, tão logo tilintar a moeda lançada na caixa, a alma sairá voando [do purgatório para o céu].
28 Certo é que, ao tilintar a moeda na caixa, podem aumentar o lucro e a cobiça; a intercessão da Igreja, porém, depende apenas da vontade de Deus.
29 E quem é que sabe se todas as almas no purgatório querem ser resgatadas? Dizem que este não foi o caso com S. Severino e S. Pascoal.
30 Ninguém tem certeza da veracidade de sua contrição, muito menos de haver conseguido plena remissão.
31 Tão raro como quem é penitente de verdade é quem adquire autenticamente as indulgências, ou seja, é raríssimo.
32 Serão condenados em eternidade, juntamente com seus mestres, aqueles que se julgam seguros de sua salvação através de carta de indulgência.
33 Deve-se ter muita cautela com aqueles que dizem serem as indulgências do papa aquela inestimável dádiva de Deus através da qual a pessoa é reconciliada com Deus.
34 Pois aquelas graças das indulgências se referem somente às penas de satisfação sacramental, determinadas por seres humanos.
35 Não pregam cristãmente os que ensinam não ser necessária a contrição àqueles que querem resgatar ou adquirir breves confessionais.
36 Qualquer cristão verdadeiramente arrependido tem direito à remissão pela de pena e culpa, mesmo sem carta de indulgência.
37 Qualquer cristão verdadeiro, seja vivo, seja morto, tem participação em todos os bens de Cristo e da Igreja, por dádiva de Deus, mesmo sem carta de indulgência.
38 Mesmo assim, a remissão e participação do papa de forma alguma devem ser desprezadas, porque (como disse) constituem declaração do perdão divino.
39 Até mesmo para os mais doutos teólogos é dificílimo exaltar perante o povo ao mesmo tempo, a liberdade das indulgências e a verdadeira contrição.
40 A verdadeira contrição procura e ama as penas, ao passo que a abundância das indulgências as afrouxa e faz odiá-las, pelo menos dando ocasião para tanto.
41 Deve-se pregar com muita cautela sobre as indulgências apostólicas, para que o povo não as julgue erroneamente como preferíveis às demais boas obras do amor.
42 Deve-se ensinar aos cristãos que não é pensamento do papa que a compra de indulgências possa, de alguma forma, ser comparada com as obras de misericórdia.
43 Deve-se ensinar aos cristãos que, dando ao pobre ou emprestando ao necessitado, procedem melhor do que se comprassem indulgências.
44 Ocorre que através da obra de amor cresce o amor e a pessoa se torna melhor, ao passo que com as indulgências ela não se torna melhor, mas apenas mais livre da pena.
45 Deve-se ensinar aos cristãos que quem vê um carente e o negligencia para gastar com indulgências obtém para si não as indulgências do papa, mas a ira de Deus.
46 Deve-se ensinar aos cristãos que, se não tiverem bens em abundância, devem conservar o que é necessário para sua casa e de forma alguma desperdiçar dinheiro com indulgência.
47 Deve-se ensinar aos cristãos que a compra de indulgências é livre e não constitui obrigação.
48 Deve-se ensinar aos cristãos que, ao conceder indulgências, o papa, assim como mais necessita, da mesma forma mais deseja uma oração devota a seu favor do que o dinheiro que se está pronto a pagar.
49 Deve-se ensinar aos cristãos que as indulgências do papa são úteis se não depositam sua confiança nelas, porém, extremamente prejudiciais se perdem o temor de Deus por causa delas.
50 Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa soubesse das exações dos pregadores de indulgências, preferiria reduzir a cinzas a Basílica de S. Pedro a edificá-la com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.
51 Deve-se ensinar aos cristãos que o papa estaria disposto – como é seu dever – a dar do seu dinheiro àqueles muitos de quem alguns pregadores de indulgências extraem ardilosamente o dinheiro, mesmo que para isto fosse necessário vender a Basílica de S. Pedro.
52 Vã é a confiança na salvação por meio de cartas de indulgências, mesmo que o comissário ou até mesmo o próprio papa desse sua alma como garantia pelas mesmas.
53 São inimigos de Cristo e do papa aqueles que, por causa da pregação de indulgências, fazem calar por inteiro a palavra de Deus nas demais igrejas.
54 Ofende-se a palavra de Deus quando, em um mesmo sermão, se dedica tanto ou mais tempo às indulgências do que a ela.
55 A atitude do papa é necessariamente esta: se as indulgências (que são o menos importante) são celebradas com um toque de sino, uma procissão e uma cerimônia, o Evangelho (que é o mais importante) deve ser anunciado com uma centena de sinos, procissões e cerimônias.
56 Os tesouros da Igreja, dos quais o papa concede as indulgências, não são suficientemente mencionados nem conhecidos entre o povo de Cristo.
57 É evidente que eles, certamente, não são de natureza temporal, visto que muitos pregadores não os distribuem tão facilmente, mas apenas os ajuntam.
58 Eles tampouco são os méritos de Cristo e dos santos, pois estes sempre operam, sem o papa, a graça do ser humano interior e a cruz, a morte e o inferno do ser humano exterior.
59 S. Lourenço disse que os pobres da Igreja são os tesouros da mesma, empregando, no entanto, a palavra como era usada em sua época.
60 É sem temeridade que dizemos que as chaves da Igreja, que lhe foram proporcionadas pelo mérito de Cristo, constituem este tesouro.
61 Pois está claro que, para a remissão das penas e dos casos, o poder do papa por si só é suficiente.
62 O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus.
63 Este tesouro, entretanto, é o mais odiado, e com razão, porque faz com que os primeiros sejam os últimos.
64 Em contrapartida, o tesouro das indulgências é o mais benquisto, e com razão, pois faz dos últimos os primeiros.
65 Por esta razão, os tesouros do Evangelho são as redes com que outrora se pescavam homens possuidores de riquezas.
66 Os tesouros das indulgências, por sua vez, são as redes com que hoje se pesca a riqueza dos homens.
67 As indulgências apregoadas pelos seus vendedores como as maiores graças realmente podem ser entendidas como tal, na medida em que dão boa renda.
68 Entretanto, na verdade, elas são as graças mais ínfimas em comparação com a graça de Deus e a piedade na cruz.
69 Os bispos e curas têm a obrigação de admitir com toda a reverência os comissários de indulgências apostólicas.
70 Têm, porém, a obrigação ainda maior de observar com os dois olhos e atentar com ambos os ouvidos para que esses comissários não preguem os seus próprios sonhos em lugar do que lhes foi incumbido pelo papa.
71 Seja excomungado e maldito quem falar contra a verdade das indulgências apostólicas.
72 Seja bendito, porém, quem ficar alerta contra a devassidão e licenciosidade das palavras de um pregador de indulgências.
73 Assim como o papa, com razão, fulmina aqueles que, de qualquer forma, procuram defraudar o comércio de indulgências,
74 muito mais deseja fulminar aqueles que, a pretexto das indulgências, procuram defraudar a santa caridade e verdade.
75 A opinião de que as indulgências papais são tão eficazes ao ponto de poderem absolver um homem mesmo que tivesse violentado a mãe de Deus, caso isso fosse possível, é loucura.
76 Afirmamos, pelo contrário, que as indulgências papais não podem anular sequer o menor dos pecados veniais no que se refere à sua culpa.
77 A afirmação de que nem mesmo S. Pedro, caso fosse o papa atualmente, poderia conceder maiores graças é blasfêmia contra São Pedro e o papa.
78 Afirmamos, ao contrário, que também este, assim como qualquer papa, tem graças maiores, quais sejam, o Evangelho, os poderes, os dons de curar, etc., como está escrito em 1 Co 12.
79 É blasfêmia dizer que a cruz com as armas do papa, insignemente erguida, equivale à cruz de Cristo.
80 Terão que prestar contas os bispos, curas e teólogos que permitem que semelhantes conversas sejam difundidas entre o povo.
81 Essa licenciosa pregação de indulgências faz com que não seja fácil, nem para os homens doutos, defender a dignidade do papa contra calúnias ou perguntas, sem dúvida argutas, dos leigos.
82 Por exemplo: por que o papa não evacua o purgatório por causa do santíssimo amor e da extrema necessidade das almas – o que seria a mais justa de todas as causas -, se redime um número infinito de almas por causa do funestíssimo dinheiro para a construção da basílica – que é uma causa tão insignificante?
83 Do mesmo modo: por que se mantêm as exéquias e os aniversários dos falecidos e por que ele não restitui ou permite que se recebam de volta as doações efetuadas em favor deles, visto que já não é justo orar pelos redimidos?
84 Do mesmo modo: que nova piedade de Deus e do papa é essa: por causa do dinheiro, permitem ao ímpio e inimigo redimir uma alma piedosa e amiga de Deus, porém não a redimem por causa da necessidade da mesma alma piedosa e dileta, por amor gratuito?
85 Do mesmo modo: por que os cânones penitenciais – de fato e por desuso já há muito revogados e mortos – ainda assim são redimidos com dinheiro, pela concessão de indulgências, como se ainda estivessem em pleno vigor?
86 Do mesmo modo: por que o papa, cuja fortuna hoje é maior do que a dos mais ricos Crassos, não constrói com seu próprio dinheiro ao menos esta uma basílica de São Pedro, ao invés de fazê-lo com o dinheiro dos pobres fiéis?
87 Do mesmo modo: o que é que o papa perdoa e concede àqueles que, pela contrição perfeita, têm direito à remissão e participação plenária?
88 Do mesmo modo: que benefício maior se poderia proporcionar à Igreja do que se o papa, assim como agora o faz uma vez, da mesma forma concedesse essas remissões e participações 100 vezes ao dia a qualquer dos fiéis?
89 Já que, com as indulgências, o papa procura mais a salvação das almas do o dinheiro, por que suspende as cartas e indulgências outrora já concedidas, se são igualmente eficazes?
90 Reprimir esses argumentos muito perspicazes dos leigos somente pela força, sem refutá-los apresentando razões, significa expor a Igreja e o papa à zombaria dos inimigos e desgraçar os cristãos.
91 Se, portanto, as indulgências fossem pregadas em conformidade com o espírito e a opinião do papa, todas essas objeções poderiam ser facilmente respondidas e nem mesmo teriam surgido.
92 Fora, pois, com todos esses profetas que dizem ao povo de Cristo: “Paz, paz!” sem que haja paz!
93 Que prosperem todos os profetas que dizem ao povo de Cristo: “Cruz! Cruz!” sem que haja cruz!
94 Devem-se exortar os cristãos a que se esforcem por seguir a Cristo, seu cabeça, através das penas, da morte e do inferno;
95 e, assim, a que confiem que entrarão no céu antes através de muitas tribulações do que pela segurança da paz.


Declaração Conjunta – mais semelhanças que diferenças

A Declaração Conjunta sobre a Justificação (DC), assinada entre católicos e luteranos em 31 de outubro de 1999, começou com o trabalho da Comissão Mista Internacional Católico-Romana e Evangélico-Luterana, realizado desde 1972. No Brasil esse documento chegou para ser debatido num Seminário realizado em Porto Alegre (RS) em 1996, em resposta a uma consulta do Vaticano e da Federação Luterana Mundial (FLM), com objetivo de alcançar consenso em nível internacional. As conferências, debates e o texto da DC foram debatidos em clima de oração e de escuta.

O texto foi saudado com alegria pelo Cardeal Lorscheider. “Chegados a um consentimento sobre a doutrina da justificação, católicos e luteranos poderão dar-se as mãos. Ulteriores questões concernentes à Igreja, aos sacramentos, de modo particular à eucaristia e ao ministério ordenado, poderão ter solução mais fácil e até mais rápida”. Marcado pela dualidade, o cristão, “mesmo fundamentalmente inserido em Cristo, encontra-se todavia afetado pelo pecado. É ao mesmo tempo justo e pecador (simul iustus et peccator), como a Igreja é ao mesmo tempo santa e pecadora (sancta simul et semper purificanda – povo santo e pecador!)

O pastor Gottfried Brakemeier, à época presidente da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) e da FLM, informou que a Comissão Mista reuniu-se duas vezes na Alemanha para revisar o texto e submetê-lo à aprovação. Para a Comissão, à primeira vista as divergências pareciam irreconciliáveis, especialmente por terem resultado nas condenações recíprocas, contidas nos decretos do Concílio de Trento, cujas atas só foram tornadas públicas na segunda metade do século passado, e no Livro de Concórdia, que reúne as confissões luteranas da época.

Importante avanço foi o Concílio Vaticano II ter reconhecido “sinais de santificação e verdade também fora do âmbito da Igreja Católica Romana, já não mais permitindo a condenação sumária de membros de outras Igrejas. Analogamente as Igrejas Luteranas jamais negaram haver pregação pura do evangelho e administração correta dos sacramentos também na Igreja Católica, critérios estes que segundo a Confissão de Augsburgo identificam a verdadeira Igreja de Jesus Cristo”.

O consenso alcançado na DC é um exemplo de unidade na diversidade reconciliada. Ecumenismo sério sempre significa aprendizado. Isso nos dá parâmetros e limites: avanço ecumênico na confissão de fé comum sabe que a unidade em Cristo é anterior às divisões dos cristãos. Sem essa consciência não somos capazes de vencer barreiras de separação. “Portanto ecumenismo não produz a unidade. Cabe-lhe apenas tornar visível a unidade que em Cristo já nos foi dada. Todo o esforço ecumênico entre as Igrejas parte desse consenso fundamental”.

Lutero ainda provoca debates

O jornalista e escritor espanhol Jesús Bastante Liébana concedeu entrevista no lançamento de seu livro Cisma, durante a qual afirmou que “o Papa poderia reabilitar Lutero”, lembrando que Bento XVI “já concebeu a possibilidade de reabilitar Lutero” e inclusive a de realizar “uma viagem imediata, possivelmente nesta primavera, à Saxônia”, região da Alemanha onde Lutero pregou suas teses e traduziu o Novo Testamento ao alemão.

Liébana afirmou que católicos e protestantes “unem-se em muito mais coisas do que as que os separam”, circunstância que o Papa “conhece muito bem”. Observando que “não se deve esquecer que ele é alemão e, na Alemanha, pátria de Lutero, evangélicos e católicos convivem em um plano de igualdade numérica e jurídica”, acrescentou.

Cisma é um romance histórico, publicado pelas Ediciones B, narrando o cisma protestante, uma época apaixonante da história, declara o autor. Liébana considera que Lutero e o cisma protestante” são absolutamente desconhecidos para o público”, apesar de que, lembrou ele, nos primeiros momentos da Reforma, o imperador Carlos V e o Papa Adriano VI foram “duas figuras relevantes de Castilla, e imprescindíveis”.

“Trata-se de uma época apaixonante da História e, ao mesmo tempo, cheia de simplificações, fruto do desconhecimento”, observa Liébana, assumindo que Lutero “era um iluminado, um personagem estranho e com profundas mudanças de humor e personalidade”. “Com certeza, não foi um herege, mas um reformador: ele não queria romper com a Igreja, mas sim reformar o que considerava como abusos”, considerando que Lutero não quis criar uma religião fora da Igreja Católica, mas “os acontecimentos e a soberba pessoal o levaram a promover o cisma”.

Talvez fosse possível frear o cisma, já que as denúncias de Lutero “eram compartilhadas por boa parte da Igreja”. Por outro lado, Liébana mostrou-se convencido de que, após a leitura do romance, “muitos católicos considerarão que Lutero estava certo em muitas de suas reivindicações, e os protestantes, que a ruptura com Roma foi desnecessária e fruto de manobras políticas, não espirituais”. E ponderou: “o que me parece fundamental é que se veja que, 500 anos depois, católicos e protestantes compartilham a mesma fé, vivem na mesma cultura e têm concepções exatas sobre a sociedade e o diálogo fé e razão”.

“Foi um verdadeiro prazer escrever esse romance e tentar unir a precisão histórica com a trama literária”, concluiu.

Fonte: Site da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil-via Folha Gospel

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

O mundo sem mulheres!...




O cara faz um esforço desgraçado para ficar rico pra quê?
O sujeito quer ficar famoso pra quê?
O indivíduo malha, faz exercícios pra quê?
A verdade é que é a mulher o objetivo do homem.
Tudo que eu quis dizer é que o homem vive em função da mulher.
Vivem e pensam em mulher o dia inteiro, a vida inteira.
Se a mulher não existisse, o mundo não teria ido pra frente.
Homem algum iria fazer alguma coisa na vida para impressionar outro homem, para conquistar sujeito igual a ele, de bigode e tudo.
Já dizia a velha frase que 'atrás de todo homem bem-sucedido existe uma grande mulher'. O dito está envelhecido. Hoje eu diria que 'na frente de todo homem bem-sucedido existe uma grande mulher'.
É você, mulher, quem impulsiona o mundo.
É você quem tem o poder, e não o homem
É você quem decide a compra do apartamento, a cor do carro, o filme a ser visto, o local das férias.
Bendita a hora em que você saiu da cozinha e, bem-sucedida, ficou na frente de todos os homens.
E, se você que está lendo isto aqui for um homem, tente imaginar a sua vida sem nenhuma mulher.
Aí na sua casa, onde você trabalha, na rua. Só homens.
Já pensou?
Um casamento sem noiva?
Um mundo sem sogras? (isso até seria bom...rsrsrs...)
Enfim, um mundo sem metas.
ALGUNS MOTIVOS PELOS QUAIS OS HOMENS GOSTAM TANTO DE MULHERES:
1- O cheirinho delas é sempre gostoso, mesmo que seja só xampu.
2- O jeitinho que elas têm de sempre encontrar o lugarzinho certo em nosso ombro, nosso peito.
3- A facilidade com a qual cabem em nossos braços.
4- O jeito que tem de nos beijar e, de repente, fazer o mundo ficar perfeito.
5- Como resolvem as coisas de maneira simples e pratica.
6- Elas levam horas para se vestir, mas no final vale a pena.
7- Porque estão sempre quentinhas, mesmo que esteja fazendo trinta graus abaixo de zero lá fora.
8- Como sempre ficam bonitas, mesmo de jeans com camiseta e rabo-de-cavalo.
9- Aquele jeitinho sutil de pedir um elogio.
10- O modo que tem de sempre encontrar a nossa mão.
11- O brilho nos olhos quando sorriem.
12- O jeito que tem de dizer 'Não vamos brigar mais, não..'
13- A ternura com que nos beijam quando lhes fazemos uma delicadeza.
14- O modo de nos beijarem quando dizemos 'eu te amo'.
15- Pensando bem, só o modo de nos beijarem já basta.
16- O modo que têm de se atirar em nossos braços quando choram.
17- O fato de nos darem um tapa achando que vai doer.
18- O jeitinho de dizerem 'estou com saudades'.
19- As saudades que sentimos delas, e pode ser a nossa mãe a nossa mulher a nossa filha ou simplesmente uma amiga.
20- A maneira que suas lágrimas têm de nos fazer querer mudar o mundo para que mais nada lhes cause dor.
Isso é para ser dito a todas as mulheres, para que elas percebam o quanto são importantes, e para os homens, para que eles lembrem o quanto às mulheres são essenciais!!! Mulheres sem vocês o mundo não seria a maravilha que ele é hoje... Graças a Deus por vocês existirem...

Arnaldo Jabor...

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Vivendo, Vivendo, Vivendo!




Vivendo,Vivendo,Vivendo!
É assim que me sinto a cada dia.
Pois observo tudo ao meu redor
conheço lugares, conheço pessoas
sabores, culturas e tenho experiências que marcam minha vida.
E tudo me faz entender o quanto é bom servir ao nosso Deus Todo - Poderoso.
Vivendo,Vivendo,Vivendo!
Pois, quando se anda na direção de Deus, entendemos que é Ele quem comanda nossa história e que todas as coisas contribuem para o nosso bem. Mesmo as coisas que nos parecem loucas!
E tem sido assim, né? Parece loucura mas foi Deus quem nos escolheu e nos apresentou para fazer de nós um casal lindo, cúmplices em tudo, felizes sim e cada dia mais e mais.
Deus é maravilhoso e tem nos dado essa oportunidade de aprender-mos a cada dia a importância de ter e ser uma família.
E, nesse dia tão importante, que marca o aniversário de nosso casamento, só posso agradecer a Deus por essa maravilhosa oportunidade de ter a meu lado uma serva Dele. Quero agradecer a você também, minha doçura, que tem estado comigo em toda situação.
Se a eternidade começa agora, então que assim seja o nosso amor, começando a cada dia. Só para que dessa forma continuemos cada vez mais juntos.
Vivendo,Vivendo,Vivendo!
Eu te amo demais!!!!

Altino

O Problema do Poblema




Há alguns anos atrás, quando eu auxiliava professores numa escola primária, aconteceu um fato bem interessante, entre os alunos da segunda série.
Enquanto eu corrigia alguns exercícios , o professor da classe passava um ditado de palavras para a turma. Entre as palavras propostas por ele, surgiu a tal "poblema". Ao ouvir isso as crianças questionaram se a palavra "poblema" não seria "problema"; mas o 'mestre' quase teve um colapso nervoso gritando bem alto diversas vezes:"Eu falei poblema! Não entenderam? É po-ble-ma"!Novamente alguém questionou e ele, irritado,ameaçou até expulsar da sala aqueles que não escrevessem o que foi ditado.

Após o ditado terminado, fui eu então interrogar o amado professor, querendo saber de onde ele tinha tirado tal palavra. A resposta dele foi a seguinte:" Quando uma pessoa tem um poblema de saúde, é 'poblema' né? E quando é um problema de matemática a resolver é 'problema'". Imediatamente minha resposta foi: " É professor! De fato você tem um 'poblema' de cabeça!"

Ele me olhou e perguntou:" Não existe essa palavra?" Lhe confirmei que não e na hora da correção ele ainda discutiu com algumas crianças, dizendo que eles deveriam escrever 'problema' e não 'poblema' falando, meio que na brincadeira; e depois foi humilde o suficiente para assumir que estava errado e os alunos estavam certos desde o início.

Isso tudo me ficou como parte de uma lição que nos leva a refletir:
Quantas vezes vemos líderes inventando doutrinas, dogmas, profetadas e tantas outras coisas mais, sem auxílio bíblico?

Quantas vezes há pessoas que são até penalizadas por haver questionado tais ensinos?
Outras aprendem com tais líderes e saem por aí praticando diversas teorias sem fundamentos e acabam até por machucar-se e quando percebem, estão distantes do alvo que é JESUS! Se conseguem enxergar a tempo, tudo bem! Mas se não conseguem, o que será delas?

O meu sonho é que todos seguissem a palavra de Deus, sem inventar em cima dela nem fora dela. Simplesmente obedecendo ao Senhor em tudo; assim, com toda certeza, a vida seria melhor nessa terra.
Você, leitor, acha isso absurdo?
Saiba que não estou sonhando sozinho. Leia o Salmo 81. 13-16:

"Ah! Se o meu povo me escutasse, se Israel andasse nos meus caminhos!
Eu, de pronto, lhe abateria o inimigo e deitaria mão contra os seus adversários.
Os que aborrecem ao Senhor se lhe submeteriam, e isso duraria para sempre.
Eu o sustentaria com o trigo mais fino e o saciaria com o mel que escorre da rocha."


Você, líder, que vive de patacoada e só ensina patavinas, deveria parar e pensar um pouco. O que acha? É correto? O que é melhor? Estar sobre um pedestal, ensinando o erro, guiando o povo para a perdição e de quebra ir junto, ou, descer desse pedestal, admitir que estava errado até ali, pedir perdão e iniciar a jornada pelo caminho certo, ensinando a palavra de Deus rumo à salvação eterna?
Cabe a você decidir!
Ao professor, no caso citado, bastou uma leve repreensão e uma consulta no dicionário.
E a você? O que precisa?

No Amor de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo!


Pb.Altino G.Elerth

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Quando o Espírito Santo diz: Não é por aí!


Quão estranha é esta proibição: "Defrontando Mísia, tentavam ir para Bitínia; mas o Espírito de Jesus não o permitiu" (At. 16.7). Aqueles homens iam para Bitínia exatamente para fazer a obra de Cristo, e a porta foi fechada diante deles pelo próprio Espírito de Cristo.


Eu também já experimentei isto em certas ocasiões. Já me vi algumas vezes sendo obrigado a interromper uma carreira que me parecia útil e abençoada. Veio a oposição e me forçou a voltar para trás; ou doença, e me impeliu a retirar-me para um deserto à parte.



Foi difícil, nessas ocasiões, deixar incompleto um trabalho que eu acreditava ser uma obra do Espírito. Mas vim a me lembrar de que o Espírito não tem somente serviços de atividade, mas também serviços de espera. Comecei a ver que no reino de Cristo não há somente momentos de ação, mas ocasiões em que se proíbe a ação.



Vim a aprender que o lugar deserto à parte é muitas vezes o lugar de maior utilidade na variada vida humana: mais rico em colheita do que as estações em que o trigo e o vinho foram abundantes. Tenho tido que agradecer ao bendito Espírito o fato de ter sido impedido de visitar muitas e estimadas Bitínias.


Assim, Espírito Santo, quero continuar a ser dirigido por Ti, ainda que venham desapontamentos em planos que me pareçam de utilidade. Hoje a porta parece estar aberta para viver e trabalhar para Ti; amanhã, ela se fecha diante de mim exatamente quando estou para entrar por ela. Ensina-me a ver outra porta, no próprio fato de ficar parado.


Ajuda-me a achar na proibição de Te servir ali, uma nova área de serviço. Inspira-me com o conhecimento de que um homem pode, às vezes, ser chamado a fazer o seu dever, não fazendo nada; a trabalhar, ficando quieto; a servir, pela espera. Se me lembrar de quanto poder há na "voz mansa e delicada", não me queixarei se às vezes essa mesma voz, a voz do Espírito, me disser: Não, não vá.

No Amor de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo!

George Matheson, via Reflexões - No caminho da vida

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Deus já dançou por tua causa?...




“Javé (o nome hebraico de Deus), o seu Deus, o valente libertador, está no meio de você. Por causa de você, ele está contente e alegre e renova o seu amor por você, ele está dançando de alegria por sua causa” (Sf. 3:17).



Pode ser que você não saiba, mas existe um momento em que Deus não se agüenta e dança de alegria. É verdade! Deus é festeiro.

Aconteceu na época do profeta Sofonias, Deus fala através dele e diz que o povo de Judá vai ser purificado, e nesse dia Deus dançará.

Isso aconteceu no retorno do filho Pródigo (Lc. 15: 11-32). Lembra da história? O rapaz abandonou o pai e o irmão, foi embora com dinheiro no bolso, gastou com mulheres e “amigos”. Depois acabou o dinheiro, acabaram os “amigos” por conseqüência, e ele resolveu voltar para casa. O seu Pai, que o esperava diariamente, e na história representa Deus, o recebeu de braços abertos. E então, purificou-o,banhou-o e para comemorar fez um churrasco e uma dança em casa, e a coisa estava tão boa que se ouvia o barulho de longe (Lc. 15: 25).

E isso acontece todas as vezes que uma pessoa é convertida, purificada no sangue do Cordeiro (Jesus) (1Pd. 1:18-20). E cada vida que é transformada é um motivo para Deus jubilar (dançar de alegria) diante dos anjos (Lc. 15:10); toda vez que uma vida é purificada Deus faz uma festa no céu (Lc. 15:7).

Já pensou que maravilha Deus festejando com o bem de seu filho: esse é o Deus bíblico. E você pode contribuir para essa festa de Deus. Como? Pregando o evangelho para que vidas sejam transformadas, purificadas. Purificando-se você mesmo, cada vez mais (Vd. 1Jo. 3:3). É você andando assim e Deus dançando com a tua vida. Ah, você não quer fazer Deus dançar? Você pode, tenta...

No Amor de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo!


Pb.Altino G.Elerth

É! O dia da Reforma; 31 de outubro tá chegando!!!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Será que o dia tem mesmo 24 horas? ...




Você já desejou que seu dia tivesse 30 horas, ao invés de 24? Eu já!


Alguma vez você já desejou que seu dia tivesse trinta horas, ao invés de vinte e quatro? Eu já! Essas horas extras seriam para aliviar a imensa pressão que pesa sobre nossos ombros, não é?

É comum deixarmos atrás de nós um rastro de tarefas inacabadas:

* cartas não respondidas,

* amigos não visitados,

* artigos não escritos,

* livros não lidos,

* telefonemas não dados,

* momentos não aproveitados para avaliar a vida,

decisões que precisamos tomar, etc.

Precisamos desesperadamente atenuar essa pressão que sempre paira sobre nós.

Será que trinta horas resolveriam seu problema? Será que resolveria o meu? Será que não ficaríamos frustrados, da mesma forma, preenchendo essas seis horas a mais e caindo na mesma armadilha?

Vamos olhar ao nosso redor. A tarefa de uma mãe nunca termina. Acontece o mesmo com o professor, ministro, empresário, estudante, seja quem for. Mais horas no dia não seriam suficientes para cumprirmos todas nossas obrigações e planos.

Quando os filhos requerem mais do nosso tempo; quando o trabalho acarreta maior responsabilidade, etc. passamos a nos esforçar mais sem termos tanta alegria em cumprir nossos compromissos.

Moro em São Paulo, a maior cidade do Brasil. Afirmam que há vinte milhões de pessoas vivendo na grande São Paulo. Observo indignado o que ocorre, geralmente, às sextas-feiras e nas vésperas de um feriado prolongado. Famílias saindo para viajar, pessoas tentando chegar às praias ou às montanhas, brigas no trânsito, todas as estradas que levam para fora da cidade congestionadas. Aparentemente, há aqueles que até apreciam esse corre-corre dos finais de semana e dos feriados. Mas ao voltarem no domingo à noite, parecem aliviados porque o passeio acabou.

Será que podemos considerar esse tipo de atividade como lazer? É possível que tenhamos perdido de vista a necessidade de um dia em sete para descansar?

Meditando sobre a vida e ministério de Jesus, concluímos que Ele não se apressava. Multidões O incomodavam, estranhos disputavam para tocar em Suas vestes. Pessoas com grandes necessidades perturbavam Seu sono e interrompiam Seu ensino.

Em apenas um dia, Jesus encorajou os discípulos, curou doentes, ensinou a multidão, alimentou cinco mil pessoas e ajudou um amigo que enfrentou uma tempestade no mar. Tudo isso e Ele ainda reservou um tempo para estar a sós com Deus (Jo 6.1-24).

Ao final de três anos de ministério, Ele pôde dizer ao Seu Pai que o trabalho para o qual fora enviado estava terminado.

Mas como? Ainda havia muitos doentes, endemoninhados, gente com fome e lugares para pregar. Como Ele podia dizer que a obra estava terminada? Vejamos:

1. DEPENDÊNCIA - Jo 8.28
Jesus disse: ''... nada faço por mim mesmo; mas falo como o Pai me ensinou'' . Jesus andou em perfeita harmonia, e em total dependência do Pai.

2. OBEDIÊNCIA - Jo 15. 9,10
''Como o Pai me amou, também eu vos amei; permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; assim como também eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e no seu amor permaneço''.

Jesus alinhou a Sua vida com a do Pai e obedeceu a Palavra, o que Lhe trouxe total realização.

3. PROPÓSITO - Jo 8.14
''... porque sei donde vim e para onde eu vou''.

Toda ação de Cristo foi baseada no Seu propósito. Ele não discutiu se tinha tempo ou não para aceitar Suas atividades. Sua atitude foi deliberada: ''Por essa razão eu vim!''.

É óbvio que Jesus conhecia Suas prioridades e as colocava na ordem correta.

Quando nos detemos para avaliar friamente, compreendemos que o nosso problema real não é a escassez de tempo, mas sim prioridades erradas.

Quando eu era um menino, gostava muito de ir ao circo com meu pai. Eu ficava deslumbrado ao entrar naquele reino encantado sob a lona. Entretanto, não eram os palhaços e os animais que me fascinavam, mas o malabarista. Ele colocava sete pratos de porcelana sobre sete varas de ponta e os mantinha sempre girando em um incessante vai e vem, não permitindo que os pratos parassem, caíssem e se quebrassem.

Eu achava aquilo simplesmente inacreditável!

Isto é um quadro das nossas vidas e famílias. Temos inúmeros pratos de porcelana para girar. Tentamos nos desdobrar para equilibrar sempre firmes e ativos os diversos pratos que compõem o universo das nossas atividades.

Somos envolvidos pela tirania do urgente. O urgente luta por atenção. Grita e berra como qualquer criança mimada que, atirando-se ao chão, esperneia quando seus desejos não são satisfeitos.

O urgente ataca o lar e seus relacionamentos. Se pararmos para analisar a questão concluiremos que nossos relacionamentos familiares não estão como poderiam e deveriam ser, isso sem mencionar nossas vidas pessoais.

Trabalhamos cada vez mais, para alcançarmos cada vez menos significado no que fazemos. Nossos relacionamentos com nossos cônjuges e filhos diminuem assustadoramente em qualidade e quantidade.

Precisamos, desesperadamente, entender quais são as prioridades de Deus para nós e para nossas famílias, vamos dar uma olhada nelas:

Pessoas antes de coisas
Um jovem casal que se amava profundamente resolveu se casar. Os primeiros anos de vida em comum foram maravilhosos. Juntos montaram um negócio e a empresa prosperou. Mais tarde, vieram os filhos e a mulher deixou o trabalho para dedicar-se às funções de esposa e mãe. O negócio continuou a se expandir e eles puderam mudar para uma casa mais confortável, passando a usufruir, também, de um estilo de vida melhor.

Com o passar dos anos mudaram-se para uma das mais cobiçadas residências da cidade. Ela possuía diversos casacos de pele caríssimos e um carro do ano, ''top'' de linha.

Mas a excessiva entrega ao trabalho teve seu preço. A maior parte do tempo do marido consumia-se nos negócios. Uma noite, após um longo dia de trabalho ele ouviu a esposa chorando baixinho a seu lado, na cama:

- O que foi, querida?

- Acho que você não me ama mais!

- Como você pode dizer uma bobagem dessas? Olhe para a casa que temos, para seu carro. Você tem as roupas mais lindas da cidade. Ninguém daqui tem jóias tão caras quanto as que dou a você!

- Querido, eu não quero as coisas que você me dá. Quero você!

Nossa prioridade é, primeiramente, darmos a nós mesmos e então, as coisas materiais, seja para o nosso cônjuge, filhos ou pais.

Lar antes da profissão
Sei que para alguns acabo de tocar em uma questão difícil, especialmente para o homem ou mulher que anseia realizar-se profissional e/ou ministerialmente. Muitas pessoas casam com a profissão, esquecem suas famílias e acabam cometendo um certo tipo de adultério.

Cônjuge antes dos filhos
Conheço pais que se devotam tanto aos filhos, que colocam seus cônjuges em segundo lugar. O elo principal em uma família não é entre pais e filhos, mas sim, entre marido e mulher.

Esta verdade encontra ilustração na vida dos meus próprios pais. Ambos se deram totalmente a seus sete filhos e negligenciaram o seu relacionamento conjugal. Quando todos os filhos casaram e foram viver em seus lares, eles não sabiam mais viver entre si. Com o tempo o relacionamento desmoronou e eles acabaram se divorciando.

Filhos antes dos amigos
Pai, talvez seja necessário que você abra mão de seu compromisso de sábado à tarde com os amigos, do jogo de futebol com a turma do escritório, ou da visita já marcada, para ir passear com seus filhos, assistir o jogo da escola, fazer compras com sua filha ou pescar com seu filho.

Tal atitude, sem sombra de dúvida, mostrará a eles quanto você os considera importantes.

Cônjuge antes de si mesmo
Esta é realmente a essência, do ponto de vista bíblico, no que diz respeito ao casamento. O amor ágape é outro-centralizado e não autocentralizado. Mesmo no tocante à relação sexual, Paulo diz em 1 Coríntios 7. 3-5, que não há lugar para egoísmo nesse tão importante, sublime e íntimo relacionamento. Em nossa sociedade voltada para o egocentrismo, os casais cristãos precisam conscientizar-se de que o amor ágape é o único que pode fazer um casamento realmente bem sucedido.

Espírito antes da matéria
Em 2 Coríntios 4.18, Paulo diz: ' Não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que não se vêem: porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas'. Mesmo sinceros e bem intencionados, somos impelidos pelos clamores do que há por fazer e confundimos o material com aquilo que é essencialmente do espírito. As coisas eternas são invisíveis. A alma, o galardão celestial, a fé, a esperança e o amor não podem ser vistos, mas são os mais importantes elementos do tempo e da eternidade.

Se continuarmos a nos submeter ao urgente, abraçando um estilo de vida cada dia mais intenso, devemos, enquanto é tempo:

- Parar e avaliar: Será que temos colocado pratos demais para girar nas varas?

- Pedir a Deus que nos mostre Suas prioridades para nossas vidas.

- Estar abertos às mudanças drásticas.

Que Deus nos ajude a caminhar rumo à disciplina de uma vida pessoal com Ele, aproveitando o tempo que temos em nossas mãos.

C.S. Lewis citou a seguinte frase: ''Ame a Deus de todo seu coração e faça aquilo que quiser!'' Se amarmos o Senhor nosso Deus de todo coração, teremos as perspectivas corretas para tomarmos decisões em nossas próprias vidas, e sermos bons mordomos do tempo precioso, que passa tão depressa por nossas mãos!


No Amor de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo!

Fonte: Lar Cristão

terça-feira, 20 de outubro de 2009

A camisa da Alegria ...





Era uma vez um rei que, apesar de ser muito rico, era triste, pois não conseguia aumentar o seu tesouro.
Ele estava sempre de mal humor e isto causava enormes problemas a todos, pois seus decretos, rudes e injustos, massacravam o povo com exigências descabidas.Por fim, o rei acabou entrando em depressão. Seus médicos lhe disseram que a única cura para a sua doença era a alegria. O monarca, então, ofereceu um excelente prêmio a quem pudesse lhe trazer a alegria de volta.Muitos tentaram, mas ninguém conseguiu arrancar um só sorriso da cara do rei. Nada conseguia alegrá-lo. Nem os músicos, nem o bobo da corte, nem as dançarinas, nem os lançadores de enigmas, nem os mímicos, nem os encantadores.


Os amigos do rei resolveram consultar um grande sábio que vivia ali. Ele lhes disse que se o rei vestisse a camisa do homem mais feliz daquele reino, a alegria voltaria ao seu coração.Iniciou-se, então, uma intensa investigação, para se descobrir quem era o homem mais feliz de todos.

Para surpresa dos investigadores, o homem mais feliz daquele reino morava longe do luxuoso palácio do rei, num casebre muito simples. Ele, sua mulher e seus filhos trabalhavam de sol a sol no cabo da enxada para conseguir se manter, mas, sempre unidos, passavam o dia rindo e cantando. Os investigadores contaram-lhe o problema que os havia trazido ali e pediram-lhe que ele lhes desse uma de suas camisas, para que a alegria pudesse voltar ao coração do rei. Só então compreenderam porque aquele homem trabalhava na lavoura de peito nu, ele não tinha nenhuma camisa. Um dos investigadores, espantado, perguntou-lhes como conseguiam ser tão felizes tendo tão pouco, ao contrário do rei, que tinha tanto, mas era infeliz: - Somos felizes porque o reino de Deus está em nossos corações, respondeu-lhe o homem.

O reino de Deus não consiste
no comer e no beber,
mas na justiça, na paz,
e na alegria no Espírito Santo.
Romanos 14.17.


No Amor de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo!


Pb.Altino G.Elerth

O Pastor Ideal. Ele Existe? ...


Vivemos em épocas cujos padrões de qualidade oferecidos pelas empresas seculares também têm experimentado o seu reflexo até mesmo dentro da própria Igreja. Isto significa que a busca pelo "pastor ideal", com alto padrão de qualidade, isto é, uma espécie de pastor que tenha o certificado ISO 9000, tem sido bastante grande. Porém, a pergunta que faço é: "Existe, de fato, o pastor ideal?". Bem, acredito que a resposta a esta pergunta seja um veemente: "não!".

Entretanto, não há como negar que há uma certa "insatisfação pastoral" quase que generalizada em muitos arraiais evangélicos mundo afora, insatisfação esta que denuncia a necessidade que as ovelhas têm de encontrar um modelo de líder eclesiástico em quem possam se espelhar e depositar a sua confiança. Porém, tal "padrão de qualidade pastoral", longe de ser uma realidade alcançável, demonstra ser, pelo contrário, um ideal utópico, impossível de ser atingido. Tal fato pode ser demonstrado nas linhas que seguem:

1. Se o pastor é jovem demais, então ele é inexperiente; se já possui cabelos grisalhos, é considerado velho demais.

2. Se o pastor tem três ou quatro filhos, ele é visto como um homem relaxado, que não soube ter um "controle de natalidade" eficaz; por outro lado, se ele não tem nenhum filho, é visto como uma pessoa egoísta e que não tem a mínima autoridade para falar sobre filhos, já que ele não os tem.

3. Se o pastor chama a atenção das crianças quando fazem barulho durante o culto, ele é insensível e não gosta de crianças; se, porém, ele não chama a atenção delas, ele é um líder que não está nem aí com a ordem do culto e com as "coisas de Deus".

4. Se a esposa do pastor canta no coral, é porque ela está querendo aparecer; contudo, se ela não canta, é porque ela não tem o mínimo interesse em apoiar ao seu marido em seu ministério.

5. Se o pastor prega durante apenas meia hora, é porque ele não tem conteúdo; se ele prega durante uma hora, então é um prolixo que não tem domínio próprio sobre a sua língua.

6.Se o pastor dedica bastante tempo aos seus estudos bíblico-teológicos, ele é racional demais e também é anti-social, pois não dá a menor atenção ao rebanho; se, contudo, ele vive visitando os fiéis, é porque é um desocupado que não tem algo mais importante a fazer.

7.Se o pastor é daqueles que usam muitas ilustrações em suas pregações, ele é visto como um mero contador de histórias (uma espécie de Forrest Gump gospel), o qual não se preparou adequadamente no estudo da Bíblia; mas, se ele não utiliza ilustrações em seus sermões, estes são tidos como frios, enfadonhos e chatos.

8. Se o pastor recebe um salário "gordo", ele é um mercenário e interesseiro, pois só está no ministério por causa do dinheiro; se ele se contenta com um singelo ordenado, é porque não dá o mínimo valor ao seu ministério pastoral.

9. Se o pastor conta piadas no púlpito, ele está cometendo um sacrilégio, pois está se comportando como um mundano; se ele não usa nenhuma anedota em seus sermões, a sua mensagem é "sem graça".

10. Se o pastor cita palavras em hebraico ou em grego em suas mensagens, ele está querendo se mostrar; agora, se ele não faz nenhuma citação nestas línguas, então ele é inculto e ignorante;

11. Se o pastor costuma usar o púlpito todos os domingos para pregar, ele é egoísta e vaidoso, porque só pensa em si mesmo; já se ele cede a oportunidade para outros pregadores, é porque está se eximindo de suas próprias responsabilidades.

12. Se o pastor prega a respeito dos dízimos, ele é ambicioso e só pensa em dinheiro; se não o faz, ele está negligenciando o sagrado ensinamento sobre o dever da contribuição.

13. Se o pastor prega sobre a santificação e o arrependimento, ele está "descendo o cajado" nas pobres das ovelhas; se ele não aborda tais assuntos, é porque ele deve ter "culpa no cartório".

14. Se o pastor usa um terno diferente a cada domingo, ele é um exibicionista e um ostentador que, muitas vezes, só está se vestindo bem às custas da igreja; mas, se ele usa quase sempre a mesma indumentária, é criticado por não saber se vestir adequadamente no "dia do Senhor".

15. Se o pastor concede a oportunidade para os membros mais abastados da igreja desempenharem o serviço cristão, é porque ele está de olho no dízimo deles; se, entretanto, ele concede tal oportunidade aos mais pobres, ele está querendo fazer o seu marketing pessoal espiritual.

16. Se o pastor vive telefonando para as suas ovelhas durante a semana, é porque ele "não dá um tempo" e só se preocupa em "sufocar" e "policiar" a vida dos seus arrebanhados; todavia, se ele não liga pra ninguém, é porque ele não está nem aí com a situação espiritual das ovelhas.

17. Se o pastor trabalha na igreja full time (por tempo integral), ele é um sujeito aproveitador que, por não ter conseguido um "trabalho melhor", só quer saber de "sair no lucro" de forma fácil; por outro lado, se ele trabalha meio período na igreja e meio período em um serviço secular, é porque ele não dá a mínima importância para a "obra do Senhor", pois a está fazendo de "qualquer maneira".

18. Se o pastor "dirige o culto" de domingo de maneira que este termine mais tarde, ele é desorganizado e relapso, pois não está preocupado com o fato de que os irmãos terão que levantar cedo na segunda-feira para trabalhar; mas, se o culto termina no horário ou mais cedo do que o previsto, ele não é "espiritual, o bastante" para deixar o culto "fluir" no Espírito.

Ora, diante destes e de muitos outros exemplos que poderiam ser citados, chego à seguinte conclusão: "SER PASTOR É MUITO DIFÍCIL!". E toda esta dificuldade se deve, em parte, ao fato de que muitos membros projetam em seus pastores a figura utópica do líder ideal (ou "Super Líder"), o qual tem a responsabilidade de ser sempre: o melhor pregador, o melhor teólogo, o melhor companheiro, o melhor administrador do culto, o melhor pai, o melhor marido, o melhor amigo, o melhor conselheiro etc. Detalhe: Todos esses bons predicados têm que coexistirem sempre ao mesmo tempo no pastor, sem exceção! E ai dele se não for perfeito em tudo!

Porém, a essa altura da nossa reflexão, creio que seja importante deixar registrado aqui dois recados: um para os pastores e outro para as ovelhas.

Primeiramente, me dirijo aos pastores. Caro pastor, não tenha a pretensão de agradar a todas as ovelhas em seu ministério, pois isso jamais acontecerá. Sempre haverá pessoas insatisfeitas com o culto, com a mensagem, com o louvor e até mesmo com você! Porém, não se deixe desanimar diante disso. Aliás, não use isso como justificativa para não oferecer o seu melhor a Deus e à Sua Igreja. Se Deus o vocacionou ao pastorado, vá em frente! Busque dar aquilo você tem de melhor no ministério e creia que o Senhor o abençoará.

Agora, falo às ovelhas. Nobres ovelhas do aprisco do Senhor, tomem cuidado para não exigirem demais de seus pastores. Não se esqueçam que eles não são "super homens". Pelo contrário, são tão humanos quanto vocês. Eles também enfrentam diariamente os mesmos problemas e as mesmas dificuldades que vocês enfrentam. Além disso, não exijam demais da esposa do pastor e do(s) filho(s) do pastor, impondo-lhes um nível de "santidade" e de "comportamento exemplar" que nem mesmo vocês ou seus filhos conseguem desempenhar. Respeite o seu pastor e ore muito por ele, pois, assim como você, ele também precisa de muito apoio, de muita compreensão e, acima de tudo, de muita oração.

Bem, acredito que ao término desse nosso pensamento duas coisas tenham ficado bem claras: assim como não há o pastor ideal, também não há a ovelha ideal. A Igreja de Cristo é composta por pastores e ovelhas imperfeitos, falhos e pecadores. Todavia, tanto um como o outro buscam almejar para as suas vidas o exemplo de perfeição que o Sumo Pastor, Jesus Cristo, lhes inspira.

Ora, Àquele que é o Único Pastor Ideal, o Sumo Pastor das nossas almas, sejam o louvor e a majestade para todo o sempre!

No Amor de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo!


Pb.Altino G.Elerth

"Deus escolheu as coisas que não são (...) para aniquilar as que são" (1 Co 1.28)




Quando lemos a Bíblia, entre as inúmeras constatações que poderíamos fazer, uma em especial fica muito clara: "As escolhas que Deus faz geralmente são totalmente contrárias à lógica humana". Tal fato pode ser verificado nas linhas que seguem:

Deus escolheu um homem inexperiente na arte da carpintaria, Noé, para que este construísse um barco com a dimensão de um moderno transatlântico, a fim de que pudesse exercer o Seu juízo sobre a humanidade pecadora através do dilúvio (Gn 6.13-17).

Deus escolheu um homem idólatra, chamado Abrão, para que este fosse transformado no "pai da fé" (Js 24.2,3; Gn 12.1-3).

Deus escolheu um pastor nômade de ovelhas, o qual não possuía boa oratória e nem eloqüência, Moisés, para ser o libertador do povo de Israel, em vez de escolher seu irmão, Arão, o qual possuía grande capacidade de comunicação verbal (Ex 3.1,10; 4.10-14).

Deus escolheu dois homens praticamente desconhecidos, Eldade e Medade, para profetizarem no arraial dos israelitas, em vez de escolher o braço direito de Moisés, Josué (Nm 11.26-29).

Deus escolheu uma jumenta como Sua porta-voz para repreender o profeta (Nm 22.20-35).

Deus escolheu o pior momento para fazer o povo de Israel atravessar o Rio Jordão, ou seja, a época das enchentes. E o povo atravessou o rio a seco! (Js 3.15-17).

Deus escolheu os gritos dos israelitas e os transformou em poderosas dinamites, que fizeram com que as muralhas de Jericó viessem ao chão (Js 6.20).

Deus escolheu um rapaz que era o caçula entre os seus irmãos, que pertencia a uma família muito pobre e cuja tribo estava entre as menos importantes de Israel, Gideão, para libertar Seu povo dos midianitas opressores (Jz 6.12-16).

Deus escolheu apenas 300 homens inexperientes na arte da guerra, os quais utilizaram armas estranhas - trombetas, cântaros e tochas - para colocar em fuga uma multidão de midianitas e amalequitas (Jz 7.7,12,16-25).

Deus escolheu um menino, Samuel, para revelar Seus planos sobre o Seu sacerdote, Eli, por causa de sua indolência espiritual (1 Sm 3.10-18).

Deus escolheu um corvo, animal impuro segundo a lei israelita, para ser o garçom que serviria a Elias durante parte do período de seca, bem como, escolheu uma pobre mulher viúva de Sarepta para alimentá-lo (1 Rs 17.1-6,9).

Deus escolheu um pastor de ovelhas, Davi, para ser rei de Israel (1 Cr 17.7).

Deus escolheu os cânticos de louvor ao Seu nome - em vez de escolher o arco, a flecha e a lança - como armas poderosas que serviram para desbaratar os exércitos inimigos de Josafá (2 Cr 20.21-23).

Deus escolheu um profeta rebelde e insensível à Sua voz, Jonas, para que, a despeito de sua rebeldia, ele se tornasse o pregador mais bem sucedido de todos os tempos. A mensagem de Jonas foi responsável pela conversão de uma cidade inteira, a qual possuía mais de 120 mil habitantes! (Jn 1-4).

Deus escolheu um casal de idosos, Zacarias e Isabel (e ela ainda era estéril!), para que eles se tornassem os pais de um dos maiores profetas da Bíblia, João Batista (Lc 1.5-17).

Deus escolheu uma moradora de uma das cidades menores e mais insignificantes de toda a Bíblia, Nazaré, para que esta fosse a mãe do Salvador. Nazaré não é citada nenhuma vez sequer em todo o Antigo Testamento! (Lc 1.26-31).

Deus, na pessoa de Jesus, escolheu como seus apóstolos algumas pessoas que normalmente jamais seriam recrutadas por nenhum departamento de recursos humanos de qualquer empresa (Mt 10.1-4). Ele escolheu: um homem que tinha instintos violentos, Pedro (Jo 18.10); dois irmãos cujos temperamentos pendiam para a agressividade, Tiago e João, filhos de Zebedeu (Lc 9.51-56); um incrédulo, Tomé (Jo 20.24-29); um coletor de impostos, Mateus, pessoa que era odiada pelos judeus e cuja profissão era vista com muita desconfiança (Mt 9.9-13); Simão, um zelote, pessoa que estava ligada aos partidos revolucionários judaicos e, muitas vezes, andava armada com uma adaga (Lc 5.15); e, por fim, escolheu um traidor, Judas (Mt 10.4).

Deus escolheu derramar a presença do Seu Espírito na História, não no suntuoso Templo de Jerusalém e nem nas disputadas sinagogas, mas sim em um simples quarto de estudos e de oração, o cenáculo! (At 1.13; 2.1).

Deus escolheu como seu arauto um dos maiores teólogos e pensadores da história da igreja. Porém, este homem antes de se converter foi alguém que consentiu na morte de Estêvão e que também chegou a perseguir a igreja e a conduzir homens e mulheres crentes à prisão. Seu nome, Saulo (Paulo) (At 7.59-8.3; 9.1-18).

Finalmente, Deus escolheu você! Sim, você mesmo (a) que agora lê esse texto! Preste bem a atenção ao que eu vou te dizer. Deus não está interessado em escolher mentes brilhantes, oradores eloqüentes ou personalidades empolgantes. Ele não está à procura de pessoas que possuem cultura invejável, riquezas inigualáveis ou coisas do gênero (isso não quer dizer que Ele não se preocupe também com tais pessoas. Nada disso! Ele está interessado apenas em escolher pessoas que queiram amá-lo, adorá-lo e serví-lo. Portanto, não se esqueça de uma coisa: "Deus não cometeu nenhum equívoco ou engano quando te escolheu. Ele sabia quem você era, quem você é e quem você virá a ser. Ele jamais se arrependeu de ter te escolhido e, se você deixar, Ele fará essa escolha valer à pena. Isto só depende de você, escolhido(a) do Senhor!".

Que Deus abençõe teu dia!

No Amor de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo!


Pb.Altino G.Elerth

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Diocese dos EUA pede falência devido a casos de abuso sexual...




Uma diocese católica do Estado americano de Delaware entrou com pedido de falência na noite de domingo na véspera de um julgamento sobre abusos sexuais cometidos por padres.

A medida adia automaticamente o julgamento, que estava previsto para esta segunda-feira.

O bispo da diocese de Wilmington, que abrange os Estados de Delaware e Maryland, disse que o pedido de falência seria a melhor forma de beneficiar todas as vítimas, mas a decisão foi criticada pelo advogado que acusa a instituição religiosa.

O bispo Francis Malooly argumenta, em um texto publicado no site da diocese na internet, que as negociações da Igreja com oito vítimas de abuso sexual fracassaram.

‘Dolorosa’

Caso eles ganhassem o processo nesta segunda-feira, a quantia pedida deixaria a diocese sem recursos para pagar outras 133 pessoas que têm processos semelhantes contra a instituição.

“Esta é uma decisão dolorosa, uma que eu esperei e rezei para que nunca tivesse que fazer”, disse Malooly, no texto.

“Entrar com um pedido no Capítulo 11 [da lei de falência] é a melhor oportunidade, dados os recursos limitados, para dar o tratamento mais justo possível a todas as vítimas de abuso sexual por padres da nossa diocese.”

Para o advogado Thomas Neuberger, que representa 88 vítimas, a medida foi uma forma desesperada da diocese para impedir que a verdade fosse revelada, já que a Igreja teria de apresentar documentos às autoridades durante o julgamento.

“Este pedido é o mais recente e triste capítulo na história de décadas de acobertamento destes crimes condenáveis para manter em segredo a responsabilidade e cumplicidade do abuso de centenas de crianças católicas”, disse Neuberger, em nota à imprensa.

Wilmington é a sétima diocese americana a pedir falência devido a prejuízos provocados por escândalos sexuais. A primeira a fazê-lo foi a arquidiocese de Boston, em 2002.

Até agora, a diocese pagou US$ 6,2 milhões a vítimas de abusos. O maior pagamento do tipo até hoje foi feito pela arquidiocese de Los Angeles, que em julho de 2007 desembolsou US$ 660 milhões com 508 vítimas.

Fonte: BBC Brasil

Sociólogo diz que crescimento evangélico ajuda na melhora dos índices de desenvolvimento social no Brasil...



Divulgada em 9 de outubro pelo IBGE, a mais recente “Análise das condições de vida da população brasileira – 2009″ aponta uma melhora considerável em vários aspectos da vida dos brasileiros. Para o sociólogo Alexandre Brasil Fonseca (pós-doutorado pela Universidade de Barcelona, na Espanha), a participação evangélica mais efetiva neste processo pode ser observada na alteração de certas políticas públicas.

“É um segmento socialmente organizado, que argumenta e luta por suas opiniões. É inegável que isso traz benefícios sociais. Com isso, não é um fato desprezível a histórica participação evangélica em Conselhos de Direitos Civis, nos últimos anos como por exemplo: O Conselho Nacional de Assistência (CNAS), o Conselho Nacional de Juventude (Conjuve), que tem três organizações evangélicas bem represntadas, e o Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea)” argumenta Alexandre.

Para o sociólogo, o aumento do salário mínimo e a bolsa família são o reflexo dessas políticas públicas, centradas no ser humano, fundamentais para o processo de melhoria nas condições de vida dos brasileiros.

O futuro parece ser ainda mais promissor. Uma das mais importantes revistas do país, a Época, da Editora Globo, publicou recentemente uma série de matérias com previsões para o Brasil em 2020. O crescimento evangélico é abordado em uma das matérias. Baseado em dados estatísticos do SEPAL, “estima-se que 50% da população brasileira poderá ser evangélica” daqui a 11 anos.

Para a revista, “a influência evangélica em 2020 contribuirá para a diminuição no consumo do álcool, o aumento da escolaridade e a diminuição no número de lares desfeitos, já que a família é prioridade para os evangélicos.”

Fonte: Agência Soma- via Guia-me

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Expansão dos evangélicos na África preocupa a Igreja Católica...

Fiéis são sobretudo jovens cansados do ritual “frio” das missas católicas.A expansão de igrejas evangélicas na África preocupa os dirigentes da Igreja Católica. O tema entrou no centro das discussões do sínodo [reunião de bispos] do continente, que acontece até o próximo dia 25 no Vaticano.

Em Abidjan, na Costa do Marfim, como em muitas outras cidades africanas, observa-se uma rápida propagação das novas comunidades. A Igreja Universal, por exemplo, comprou vários cinemas da cidade e faz muita propaganda na rádio e na TV.

Segundo uma pesquisa realizada em 2006 na República Democrática do Congo, havia entre 12 e 13 mil igrejas Despertar apenas na capital, Kinshasa.

A mensagem destas igrejas se centra basicamente na realização de curas e milagres através de exorcismo, além da promessa de riqueza e outros bens materiais, tudo ao ritmo de músicas que contrastam com a tradicional missa católica, considerada “muito fria” pelos fiéis, segundo explicou o reverendo Bruno, da Igreja do Despertar de Kinshasa.

Vaticano critica evangélicos

No Vaticano, Alfred Adewale Martins, bispo de Abeokuta (Nigéria) se referiu aos evangélicos como “grupo geralmente muito agressivo, que fala da Igreja Católica como uma igreja morta”.

-Eles querem acabar com a Igreja Católica, tanto no que diz respeito a sua influência como ao número de seus fiéis.

Os bispos concordaram que o sucesso dos evangélicos se alimenta do mal-estar de uma população que vive num continente afetado por conflitos e onde a corrupção prospera graças à pobreza.

Por sua parte, o monsenhor Robert Murhiirwa, bispo de Fort Royal (Uganda), disse que os muçulmanos e os evangélicos ”gastam milhões de dólares em nossos países para atrair os jovens”. O monsenhor Felix Alaba Adeosin Job, arcebispo de Ibadan (Nigéria), protestou contra a expansão dos grupos:

- Esses ataques [dos evangélicos] capturam nossos membros mais vulneráveis: os jovens e os adultos jovens.

Já o cardeal Walter Kasper, presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, disse que se deve “enfrentar este desafio urgente com uma atitude de autocrítica”.

A declaração vai na linha do bispo Martins:

- Não é uma batalha, e sim um desafio.

Fonte: R7

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

ENQUANTO ISSO NO MUNDO DAS ESTRÊLAS GOSPEL...

Como nasceu o dia das crianças...


O dia das crianças foi criado no Brasil antes de ser comemorado no restante do mundo.A ideia foi de um político brasileiro (deputado federal Galdino do Valle Filho), em 1920 e oficializada, em 5 de novembro de 1924, pelo então presidente Arthur Bernardes. Somente entre 1955 e 1960, quando a fábrica de brinquedos Estrela, em parceria com a Johnson & Johnson, lançou a Semana do Bebê Robusto (intenção comercial de aumentar a venda de brinquedos nessa semana) é que ela passou a ser comemorada em 12 de outubro (aqui no Brasil). Curiosamente, essa data só perde, em termos de negócios, para o Natal.

Em 20 de novembro de 1959, a UNICEF oficializou a Declaração Universal dos Direitos da Criança e, a partir de então, essa data (20 de novembro) passou a ser comemorada na maioria dos países do mundo.

De acordo com a história e seu significado, alguns países têm outras datas para essa celebração. No Japão, por exemplo, os meninos comemoram no dia 5 de maio (como na China) e as meninas no dia 3 de março, ambos com exposições de bonecos (para os meninos eles lembram samurais). Em Moçambique, essa celebração ocorre no dia 1º de junho para marcar o dia em que as forças nazistas, em 1943, assassinaram cruelmente muitas crianças pequenas. Na Nova Zelândia, aproveitando esse dia para passar mais tempo com a família e sem fins comerciais, essa lembrança ocorre no primeiro domingo de março.

Origem de alguns brinquedos

Já que estamos falando sobre origens, você sabia que alguns dos brinquedos que usamos ou presenteamos hoje foram criados há séculos e até há milênios? As bonecas, que foram criadas como estatuetas de barro na África e na Ásia, se transformaram em brinquedos há cerca de 5.000 anos no Egito. As casas para essas bonecas parecem ter tido sua primeira aparição na Alemanha, perto de 1.558 como um presente do Duque de Albrecht para sua filha mais velha. Conta-se que essa casa teria quatro andares e teria levado dois anos para ser construída com quarto de vestir, banheiro e outros ambientes. Até 1930, a maioria das crianças no Brasil brincava com bonecas de pano feitas por costureiras e carrinhos de madeira feitos em pequenas oficinas por artesãos.

As bolinhas de pedra, argila, madeira ou osso de carneiro foram as precursoras das bolinhas de gude. As mais antigas eram de pedras semi-preciosas encontradas em um túmulo de uma criança egípcia há 5.000 anos. Mas foi só no século XV que elas se transformaram em bolinhas de vidro (Veneza e Boêmia) e no século XVII de porcelana e louça. Foi através do Império Romano e suas conquistas que houve a disseminação de seu uso como brinquedo pelo mundo. No Brasil, elas são conhecidas por vários nomes (buraca, búrica, firo, bolita).

Já a bicicleta tem sua origem em 1790, conhecida como celerífero (celer=rápido e fero=transporte) por um conde francês (Sivrac), feita de madeira, sem pedais ou correntes e empurrada com os pés no chão. Os carrinhos de brinquedo apareceram ao mesmo tempo que os carrões originais, nos primeiros anos do século XX e o autorama em 1956, na Inglaterra, enquanto o primeiro trem elétrico em miniatura foi feito em 1835, por um ferreiro em Nova York. No Brasil, a Metallurgica Matarazzo foi a primeira fábrica a fazer jipes, carrinhos e aviões de lata. A fábrica Estrela foi a primeira a produzir brinquedos em variedade e quantidade significativa, a partir de 1937. Isto porque, com a Segunda Guerra Mundial, as importações foram dificultadas e a indústria nacional acabou se desenvolvendo em vários setores, inclusive na produção de brinquedos.

Assim também a caixinha de música (1170, na Suíça), o bilboquê ou emboca-bola (século XVI, na França) e o pião (strombo na Grécia ou turba na Roma antiga) fizeram parte da história até chegarmos aos brinquedos de hoje.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Traje de homem... traje de mulher...


"Não haverá traje de homem na mulher, e não vestirá o homem vestido de mulher, porque qualquer que faz isto é abominação ao Senhor teu Deus". (Deuteronômio 22:5)

Muitos pregadores que condenam os outros com "doutrinas de roupa", só são vistos como "moralistas" com a passagem de Deuteronômio 22:5, porque poucas pessoas se dão o trabalho de ler o restante dos versículos. Ninguém pode pegar um versículo isolado e fazer de doutrina. A bíblia toda se completa, sem confusão, sem contradição, certo? Então leia o que diz os versículos que seguem logo depois que diz sobre traje de homem e de mulher:

"Quando edificares uma casa nova, farás no teu telhado um parapeito, para que não tragas sangue sobre a tua casa, se alguém dali cair". (Versículo 8)

Algum destes pregadores ensinam também esse versículo? Ora, ele vem logo depois do que fala sobre os trajes! Constroem eles parapeitos nas suas casas? Estão eles em pecado??? Leia também o versículo 12:

"Porás franjas nos quatro cantos da tua manta, com que te cobrires". (Versículo 12)

Ôpa, mais um pecado! Onde estão as mantas destes pregadores??? Estão eles sem santificação??? E ainda que digam que trata de simbolismo, então o versículo 5 também é simbólico, certo? Como pode uma parte ser simbólica e outra não?! Amados irmãos, todo aquele que estuda a Palavra de Deus com sinceridade descobre os erros, e por isso Jesus disse:

"Errais não conhecendo as Escrituras e nem o poder de Deus". (Mateus 22:29)

Não podemos concordar jamais com os liberalismos que existem por aí, e fazer a obra de Deus de qualquer maneira. Mas retirando as indecências que existem no mundo, não existe calça-comprida feminina e decente? Será que o radicalismo de proibir a mulher de usar calça salva alguém? Alguns líderes suspendem e até excluem irmãs da igreja, com suas doutrinas de roupa, mas não disciplinam as que causam confusões e intrigas com fofocas e outros sérios problemas.

Há calça-comprida feita exclusivamente para mulher. Ou seja, é calça de mulher, feita para mulher, logo não é "traje de homem". Pode haver semelhança, como camisas que são semelhantes. Notamos que esta passagem de Deuteronômio 22:5 faz alusão aos que queriam usar as roupas do sexo oposto, talvez numa intenção de homossexualismo. Leia o que diz: "Não haverá traje de homem na mulher, e não vestirá o homem vestido de mulher". Portanto, eles sabiam qual era a roupa de homem, e qual era a roupa de mulher! O que poucos pregam é que esta é uma lei do Velho Testamento, da mesma forma que a lei ordenava apedrejar mulheres pegas em flagrante de adultério, como está no evangelho de João capítulo 8:

"Ora, Moisés nos ordena na lei que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?" (João 8:5)

Veja que Moisés havia ordenado. E realmente está no livro de Levíticos 20:10. Mas estava aonde? Na lei!!!! Os livros de Gênesis a Deuteronômio fazem parte do pentateuco, os livros da lei. Isso significa que devemos abolir o velho testamento? Claro que não, pois no Novo Testamento, que significa Novo Pacto, Nova Aliança, se esclarece o que estava no Velho Testamento, como é o caso de João 8.

"Aquele dentre vós que está sem pecado seja o primeiro que lhe atire uma pedra".

Jesus chama de "acusadores" os que queriam apedrejar a mulher adúltera. Atualmente muitos vivem apedrejando o seu próximo, condenando por aparências, doutrinas de homens. Veja que advertência faz o nosso Mestre! Jesus não condenou aquela mulher que estava em adultério, pega no flagrante. O Senhor a avisou para não pecar mais, claro. Mas não a condenou! E hoje muitos querem condenar um irmão apenas por aparências. Misericórdia!!!

Do que adianta a mulher usar a saia, e usá-la justa demais ou curta? Não está a pessoa se vestindo pior do que a que usa uma calça-comprida decente?! Será que esta "doutrina" prevalece em todos os lugares do mundo? Então vejamos: Em Moscou, capital da antiga União Soviética, a temperatura chega a -40 Graus abaixo de zero. Isso mesmo. Um frio tão grande que muitas pessoas morrem somente de frio. Será que alguma "irmã" usaria a saia em Moscou??

Se a calça-comprida é "traje de homem" seria inaceitável usá-la por debaixo da saia, devido ao frio. Ou vestiria o "pecado" por causa do frio?? A palavra santificação significa separação. A pessoa que se santifica, ela se separa do mundo e suas práticas pecaminosas. Se despoja do velho homem, que deseja o pecado, a prostituição, as bebedeiras, os vícios, as orgias, etc. O "velho homem" é o velho querer, as antigas vontades do pecado. Efésios 4:25-31 explica bem essa parte. Se você falava mal do seu próximo, não irá falar mais, pois você estará santificando os seus lábios.

"Irmãos, não faleis mal uns dos outros". (Tiago 4:11)

Mas ainda assim os pregadores que não conhecem a bíblia, com suas "doutrinas" de roupas e de homens, "doutrinas" essas que não estão na bíblia, pregam erroneamente Tessalonicenses 5:23:

"E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, e alma e corpo..."

Realmente devemos nos santificar em tudo. O nosso corpo é templo do Espírito Santo. Não pode ser entregue a indecência, a prostituição, a bebidas, etc. Quando você se converteu, você abandonou o pecado. Afinal, você mudou. Deus operou uma separação entre você e o mundo. A santificação é operada por Deus. Lembra-se do início do versículo? Leia:

"E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo..."

Ou seja, é ELE quem santifica. É Deus quem opera. É Ele quem toca no homem para abandonar o pecado. E não o homem com cobranças de doutrinas de roupas. Para confirmar esta certeza, basta ler o versículo 24:

"Fiel é o que vos chama, o qual também o fará". (versíc. 24)

É ELE quem faz. É Deus, através do seu Santo Espírito, é que pode tocar no homem, convencer o homem do pecado. Todo tipo de pregação deve ser analisada à luz das Escrituras. Lembre-se dos crentes de Beréia, onde foi Paulo e Silas, em Atos 17:11. Tudo que os crentes bereanos ouviam, conferiam nas escrituras para ver se realmente era assim. E aceitaram a pregação, e a bíblia diz que eles foram mais nobres que os de Tessalônica. Preste bem atenção no versículo abaixo, para edificação da sua vida espiritual e você entender melhor:

"Ora, estes eram mais nobres do que os de Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando diariamente as Escrituras para ver se estas coisas eram assim". (Atos 17:11)

Veja que bênção! Eles conferiam nas Escrituras tudo que era pregado, e aí sim aceitavam. E foram mais nobres que os de Tessalônica. Paulo e Silas não se sentiram ofendidos pelo fato deles conferirem com as Escrituras o que se pregava. Muito pelo contrário, era bom que eles conferissem mesmo, pois isso demonstrava uma busca sincera pela verdade. Quem busca o caminho da verdade é que busca conferir o que se diz. Quem quer viver no erro jamais vai se arriscar a verificar alguma coisa. O próprio Jesus ordenava "examinar" as Escrituras. (João 5:39)

Quem está na luz não fica confuso, não fica turbado, não erra o caminho. O que acontece quando falta luz em casa? Você pode tropeçar ou esbarrar em alguma coisa, não é? Mas quando a luz chega você vê tudo e não tropeça. A Palavra de Deus é a luz para o seu caminho. "Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho". (Salmo 119:105) Devemos ter muito cuidado com a falsa capa de religiosidade que ronda muitas igrejas. Apocalipse 2:18,19 adverte a igreja de Tiatira pelo seguinte:

"Ao anjo da igreja em Tiatira escreve...Conheço as tuas obras, e o teu amor, e a tua fé, e o teu serviço, e a tua perseverança...Mas tenho contra ti que toleras a mulher Jezabel, que se diz profetisa; ela ensina e seduz os meus servos a se prostituírem e a comerem das coisas sacrificadas a ídolos".

A opção do inimigo contra esta igreja foi introduzir uma mulher que se dizia profetiza, que operava com dons. Jezabel era filha do Rei do Sidônios (1 Reis 16:31) uma adoradora de Baal. O Rei Acabe se casou com esta mulher e permitiu que ela introduzisse a adoração a Baal em Israel. Ela tinha 400 profetas que comiam da sua mesa, desfrutando de status e privilégios. Muitos pensam que o Senhor sonda as roupas para qualificar alguém, segundo a aparência. Mas este é um erro terrível. A capa de religiosidade de Jezabel ronda muitas igrejas pelo mundo. Mas à igreja de Tiatira o Senhor Jesus deixa claro em Apoc 2:23 que não é bem a roupa que Ele sonda não:

"E todas as igrejas saberão que eu sou aquele que sonda os rins e os corações".

Denis de Oliveira