quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Essa mensagem era para fulano...




Domingo passado enquanto ministrava a palavra no culto pela manhã me vi pensando sobre esse assunto:

Quem nunca se pegou numa igreja, durante uma mensagem, com esse sentimento incomodando:

“Puxa vida, Fulano tinha que estar aqui, essa mensagem era para ele.”

Vejamos o risco que corremos quando deixamos esse sentimento nos dominar.

Um Pastor, muito usado por Deus, chega transferido para uma pequena Igreja local, para ali exercer seu ministério.

Durante os dois primeiros dias se ocupou em conhecer a vida administrativa da Igreja, conhecer suas particularidades, suas instalações, etc…

Enfim chega o domingo e ele vai pregar, pela primeira vez, e com a Igreja cheia. Ele havia orado muito para que Deus lhe revelasse qual era o perfil da Igreja, como era a membresia e do que a Igreja estava precisando, para que ele pudesse ser benção também ali.

Com o esboço da mensagem que Deus lhe deu, ele abre o culto de domingo à noite e o Espírito Santo faz todo o restante. A mensagem foi uma benção. Deus falou profundamente à Igreja, através da boca daquele Pastor.

Terminado o culto, ele foi para a porta e começou a se despedir dos membros, um a um.

Quando achou que todos já haviam saído, apareceu um irmão que se dirigiu a ele dizendo:

- Pastor, sou vizinho da igreja e um dos membros mais antigos. Se precisar de algo conte comigo. Sua palavra foi exatamente a que a Igreja precisava ouvir. Disse-lhes bem.

Aquela frase final deixou o Pastor intrigado. É bem verdade que ele não conhecia a Igreja, mas ele conhecia o Deus a quem ele servia. Então pensou consigo. “Puxa-vida, até eu fui alcançado por essa mensagem. Só este irmão não foi?”.

No domingo seguinte, já tendo inclusive esquecido o episódio do irmão, ele se coloca à porta ao final do culto, para se despedir da membresia. Qual não foi sua surpresa, aquele mesmo irmão, ao se despedir do Pastor diz:

- Bela palavra Pastor, disse-lhes bem.

Revelado imediatamente pelo Espírito Santo o que estava acontecendo, decidiu no seu íntimo: “Preciso dar uma palavra diretamente para esse irmão, pois, um comportamento assim não é normal. A palavra nunca é para ele!”

Desejo colocado diante do Senhor, desejo concedido. No domingo seguinte, caiu um verdadeiro dilúvio, sobre aquele bairro. Na hora de início do culto ninguém havia chegado à Igreja. O Pastor pegou seu violão e começou a entoar um louvor e elevou seu pensamento a Deus. Quando ele menos esperava, entra no templo, o irmão abençoado, que era vizinho da igreja.

O Pastor agradeceu a Deus e decidiu no seu coração: “ Hoje vou pregar uma palavra exatamente para esse irmão. O Espírito Santo certamente irá incomodá-lo acerca do seu comportamento.”

Entoou mais um louvor, fez uma oração e pregou aquela palavra que havia no seu coração, especialmente para aquele irmão.Afinal, além do próprio pastor, ele era a única pessoa presente no templo naquele dia.

Como fazia todos os domingos ele encerrou o culto e se posicionou à porta, para se despedir do irmão.

Sua expectativa era grande. Afinal de contas, nunca havia pregado uma mensagem tão direta quanto àquela.

Ao chegar à porta para ir embora, aquele irmão se dirigiu ao Pastor e disse:

“Disse-lhes bem Pastor, pena que eles não estavam aqui para ouvir essa palavra.”

Amado irmão:

Quando você começar a ouvir uma pregação e for incomodado por esse sentimento:

“Puxa vida, Fulano tinha que estar aqui, essa mensagem era para ele”. Muito Cuidado.

Repreenda esse pensamento e busque quebrá-lo em nome de Jesus, pois ele não vem de Deus.
Ele faz com que você deixe de ser abençoado.
Ele faz com que você não confronte sua vida com a palavra pregada.
Ele faz com que você seja apenas "ouvinte" do culto e não parte dele.
Não existe pregação, da qual você não extraia verdades, que possam edificá-lo.
O Espírito Santo não deixaria você no templo e o fulano na casa dele, se a palavra fosse para ele. 

Deus te abençõe!



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