terça-feira, 24 de novembro de 2009

O corpo fala...







Os diferentes gestos e posturas adotados pelos povos na hora do cumprimento.



Quando nos referimos a formas de saudações, o que para nós, brasileiros, é absolutamente normal, em certos países, podem ser vistos com "maus olhos". Os latinos, em geral, são bem afáveis no processo de comunicação. Para se expressar, usam amplos movimentos dos braços e das mãos, ao contrário dos países saxões, onde as pessoas fazem movimentos mais limitados. O mesmo é válido para os EUA. Em vez de beijos e abraços, prefira o universal aperto de mão, firme e olho no olho. Essa mesma postura não deve ser aplicada na Ásia. Lá, o contato do olho no olho é considerado agressivo.

Embora seja universal, o aperto de mão, para os islâmicos, é considerado um tabu quando ocorre entre pessoas de sexos diferentes. A cultura do país determina que os homens não podem tocar mulheres que não sejam parentes próximas. A liberdade entre as mulheres é bem restrita. As muçulmanas só andam pelas ruas cobertas da cabeça aos pés, sem expor braços ou pernas e acompanhadas pelos pais, marido, irmão ou parente do sexo masculino. O cumprimento, nos países islâmicos, é feito tocando a mão direita no coração, na testa e acima da cabeça, nesta seqüência.

Em países como o Japão e a Coréia o cumprimento usual é uma ligeira flexão para frente, intensificando a inclinação em sinal de respeito. Existem regras a respeito de como as pessoas devem se curvar ao se cumprimentarem. Quanto mais a pessoa se abaixa, mais formal é o gesto. Se um dos dois tiver status mais baixo que o outro, o costume manda que o primeiro abaixe o tronco num ângulo de 30 graus. Os indianos e os tailandeses também são discretos em relação ao cumprimento, que é feito juntando as mãos em formas de prece.

No Brasil, é comum a troca de beijos, abraços e tapinha nas costas na hora do cumprimento. Por sinal, dependendo da região a quantidade de beijos pode variar. Em São Paulo, por exemplo, os paulistanos dão dois beijos ao se cumprimentarem e os cariocas, três. Já os povos escandinavos são contrários a demonstrações como essas.

Em alguns países árabes é comum os homens se beijarem como sinal de amizade e companheirismo e isto não representa para eles nenhum desvio de conduta moral. Os russos também se beijam, na bochecha e até mesmo na boca, na hora do cumprimento.

Gestos

Dependendo do país, é preciso tomar certos cuidados com alguns gestos e algumas posturas, pois se for usado de maneira errada e no lugar errado pode causar sérios embaraços.

Na Tailândia e nos países árabes, não se pode cruzar as pernas e mostrar a sola do sapato para alguém. Isso seria um insulto, pois esta é considerada a parte mais suja. Em algumas regiões do Oriente Médio, da África e da Ásia, é preciso ter cuidado com as mãos, pois em um contexto muçulmano, é considerada suja por ser utilizada na higiene pessoal.

Na Turquia, Romênia e Grécia é um desaforo fazer um sinal de figa, pois é interpretada como um convite ao sexo. Para os franceses e turcos o gesto também é considerado um insulto.

Nos países da Europa Central, passar a mão na barriga significa que uma pessoa está contente com a má-sorte do outro e não que está com fome. Mostrar a língua é insulto na Europa e na América, mas é uma saudação respeitosa no Tibete.

Como pudemos perceber, os gestos, as posturas, enfim os costumes de um povo diferem de uma região para outra. O missionário precisa estar bem preparado para enfrentar a nova realidade. Ao ingressar no campo missionário, ele precisa ser neutro. Não deve transparecer traços de sua cultura, nem tão pouco trazer, ao retornar, costumes incompatíveis com a cultura de seu país. O melhor caminho para evitar que o choque cultural seja muito forte é buscar conhecimento sobre o país de origem.


Ingrid Cicca

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